domingo, 27 de janeiro de 2013

Estada de Amadio em Roraima repercute nos meios de comunicação


A foto acima foi publicada no Facebook pela Rádio Tropical (Boa Vista) na quinta, 24, registrando o momento da entrevista da poeta Amadio à emissora, dois dias antes, para divulgar mais uma edição das Terças Poéticas. O evento, produzido e conduzido pelo poeta Eliakin Rufino e realizado semanalmente na Casa do Neuber, tem Amadio como convidada fixa até o final de fevereiro. 

Ao lado, outra foto da visita de Amadio à emissora. Aparecem também: à esquerda, a radialista Consuelo Oliveira, apresentadora do programa 30 Minutos, e o músico e produtor Victor Matheus.

Também na quinta, Victor Matheus publicou em seu blog Roraimarocknroll um texto em que analisa o atual florescer das artes em Roraima, destacando a presença da poeta rondoniense por lá: 

"Hoje vivenciamos em Roraima, especialmente em Boa Vista um afloramento cultural em todas as vertentes, sendo a POESIA, a caçula dessa explosão das expressões artísticas produzidas pelo homem... Se há pouco tempo atrás eventos de poesia eram raros em nossa cidade, hoje podemos ter orgasmos múltiplos e gozar do privilégio de degustarmos esta nobre e “marginal” arte semanalmente.

Os poetas ELIAKIN RUFINO e GABI AMADIO fazem uma temporada de 6 semanas na CASA DO NEUBER, com as TERÇAS POÉTICAS, evento que visa promover a poesia roraimense, com palco aberto a todos os artistas interessados e ao público que degusta este tipo de arte refinada...

Eliakin Rufino, Gabi Amadio e Vitor Piani 
nas Terças Poéticas da Casa do Neuber

Temos também mensalmente, o SARAU DO QUINTAL, evento promovido pelo COLETIVO ARTE LITERATURA CAIMBÉ, com apoio do ESPAÇO DOQUINTAL, que tal qual as TERÇAS POÉTICAS, tem como principal objetivo proporcionar ao público roraimense o contato com a POESIA e LITERATURA."

domingo, 20 de janeiro de 2013

Agenda: Terças Poéticas em Boa Vista


Estreou com sucesso na Casa do Neuber terça passada, 15 de janeiro, o evento Terças Poéticas, produzido pelo poeta Eliakin Rufino, que apresenta músicas e poemas de sua autoria, tendo como convidada fixa a poeta Amadio, de Porto Velho. Amadio lê poemas seus e de autores como Mario Quintana e Francisco Alvim. Toda semana haverá também outros convidados: na estreia foi o compositor Armando de Paula, roraimense radicado em Manaus. Nesta próxima terça, dia 22, é a vez da cantora Euterpe.

Elakin Rufino é um dos maiores nomes da cultura da Amazônia. Poeta, compositor, cantor, escritor, jornalista, professor, lançou em 2011 o CD Eliakin Diz (http://musicadonorte.blogspot.com.br/2011/12/disco-do-mes-eliakin-diz.html) e o livro Cavalo Selvagem, uma visão de conjunto sobre sua obra poética, abrangendo desde seu volume de estreia, Pássaros Ariscos, de 1984, o primeiro livro de poesia editado em Roraima. No mesmo ano, ao lado de Neuber Uchôa e Zeca Preto, lança o movimento Roraimeira, que contribui para a construção da identidade cultural do povo roraimense, com importantes repercussões nas artes plásticas, culinária, literatura, dança, fotografia e música. Tem composições gravadas por artistas como Gaby Amarantos, Leila Pinheiro, Chico César, Nilson Chaves, Lucinha Bastos e Eliana Printes.

Amadio começou a escrever poemas aos 16 anos, e seu exercício da escrita passou a se intensificar aos 20, amadurecendo a partir de seu maior contato com a literatura. "Escrever pra mim foi primeiramente uma necessidade de expor sentimentos, ideias e a forma que vejo o mundo e as coisas que o compõem e que de algum jeito refletem em mim", afirma. A artista atualmente grava em Boa Vista seu primeiro CD de poemas. 

A convidada da semana, Euterpe, teve seu primeiro CD, Batida Brasileira, de 2009, destacado nacionalmente. Em 2010, apresentou o repertório do CD em turnê do projeto SESC Amazônia das Artes, com shows em estados da região Norte e também no Rio de Janeiro. No ano passado, fez participação especial em show da cantora Leila Pinheiro no Rio de Janeiro, além de cantar ao lado da amazonense Elisa Maia nos festivais Até o Tucupi (Manaus) e Tomarrock (Boa Vista). Atualmente, prepara a gravação de seu segundo disco.

SERVIÇO

Terças Poéticas
com Eliakin Rufino e convidados
Casa do Neuber (Av. Ville Roy, 8228 - São Vicente, Boa Vista)
Fone: 95-3626-9753
terças, 21h, até 26/2

sábado, 19 de janeiro de 2013

Veja Amadio na estreia das Terças Poéticas

O blog Roraimarocknroll publicou hoje na seção "WebTV" a matéria Semana Poética em Boa Vista, com a cobertura em vídeo de dois eventos: a estreia das Terças Poéticas, na Casa do Neuber, e a segunda edição do Sarau DoQuintal, no Espaço DoQuintal. O post completo pode ser conferido em http://www.roraimarocknroll.blogspot.com.br/2013/01/webtv-roraimarocknroll-semana-poetica.html

Destacamos aqui o vídeo das Terças Poéticas, evento que reúne os poetas Eliakin Rufino, de Boa Vista, e Amadio, de Porto Velho, que até o final de fevereiro irão receber vários convidados toda semana para compartilhar momentos de poemas e canções. Amadio abre o vídeo lendo o poema "Emergência", de Mario Quintana, fazendo uma introdução para o canto de Eliakin. 


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Amadio no nº 18 da revista Expressões


O nº 18 da revista Expressões, de Porto Velho, traz um poema de Amadio em parceria com Thiago Maziero (um dos integrantes da banda Kali & Os Kalhordas), intitulado "Uma Volta", que você lê no post abaixo. 

Amadio também é a primeira citada entre vários poetas de Porto Velho no ensaio "A Poesia e a Mercadoria na Sociedade Moderna", de Rafael Andrade, também publicado nesta edição.

A revista pode ser lida online no Google Docs e no Scribd (onde também há o link para baixá-la em arquivo PDF). 


Uma Volta


Olhando o céu
não sei até onde vão as casas,
as ruas da cidade,
já nem sei quem vai passar...
São tantos carros, motos, ruas, avenidas,
olha o bairro do Mucambo
“peraí” sinal vermelho...
olho de um lado para o outro pra cruzar

tá verde, toco reto
depois viro à esquerda…
acelero, estou na praça
vou subindo essa ladeira

de um lado para outro
vejo gente acumulando nas esquinas
em meio ao fim da tarde,
carros lentos,
a Av. 7 de Setembro
parece mais comprida

bancos, contratos, cobertor, dvd,
pneu, retrato, cabo, pilha, apontador
buzina, carro, pedestre, cachorro quente e a Dullin’
Muvuca, cinzeiro,
pente, bala, corrente,
kombi, bomba,
camelô vende filme em meio a um monte de gente

onde as moças na calçada
fazem da vitrine, espelho...
a moto passa raspando no busão
em frente à Toca do Coelho…

olhando o pôr do sol
e até onde vão as retas,
as curvas, os bairros da cidade,
daqui miro um belo rio

Olhando bem em frente
vem o tempo e muda tudo
as comportas são abertas,
será que o barranco aguenta a força
desse imenso rio?!

- Ó, nós aqui…
beraderos e as suas casas
- Ó, nós aqui…
banzeiro corre e as palafitas são levadas

De um lado para o outro, urgentemente,
as dragas servindo de cortinas…
- E não tem pedra, muro, desvio ou lamento
o rio come por baixo e não por cima…

Thiago Maziero e Amadio
* Publicado na revista Expressões (Porto Velho), nº 18

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Amadio em Boa Vista

Amadio chegou a Boa Vista na noite do último dia 8 para concluir no Estúdio Parixara as gravações de seu primeiro CD de poemas, intitulado Variando. As vozes guias e algumas bases já foram gravadas no estúdio de Luís Paulo Pinheiro, integrante da banda Kali e os Kalhordas, em Porto Velho. O CD é uma iniciativa do jornalista Fabio Gomes, produtor de Amadio, e ainda não tem data confirmada para lançamento.

Durante os meses de janeiro e fevereiro, participa como convidada fixa das Terças Poéticas de Eliakin Rufino, na Casa do Neuber. 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O dia amanheceu de madrugada


O dia amanheceu de madrugada
As minhas inquietudes voltaram a me fazer sorrir,
 um sorriso contrário meio virado
Até me parecia uma dor, mas essa eu já senti.
E quando vem é violenta e azul-turquesa.
Preciso de um poeta
Como não tenho nenhum na minha janela
Trago a vida para o poeta que existe em mim
Assim eu posso me lembrar que lá longe
Eu tenho alguém que me faz sorrir
E mesmo as estações  vão se passando
mudando o colorido dos dias
A lembrança dos gestos me faz esperar
Às vezes pesa,   a conversa se aquieta, o silêncio perdura
 transformando os segundos
Em horas pesadas demais
Mas se não houver o silêncio, a fala, as risadas, os protestos, os carinhos,
Os olhos não descansam em paz.
É por isso que eu insisto,
 eu quero pra sempre te designar as minhas delicadezas,
e é da sua boca
Que quero ouvir
as mais belas declarações  de amor,
E podermos desejar que logo achegue o perto
Pra gente alimentar o desejo da carne
Nos marcando com a certeza de que realmente
Juntos, somos um só
feito de amor.

Amadio